quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Maurício de Sousa lança gibi com personagens soropositivos

Original em: http://www.gazetadopovo.com.br/saude/conteudo.phtml?id=1298515&tit=Mauricio-de-Sousa-lanca-gibi-com-personagens-soropositivos

Por meio de Igor e Vitória, o criador da Turma da Mônica vai abordar questões como forma de contágio, o que é o vírus, como viver com crianças soropositivas e o impacto social da síndrome.


Brasília - Maurício de Sousa lançou nesta segunda-feira (17/09) seu primeiro gibi com personagens que têm o vírus da imunodeficiência humana (HIV). Por meio de Igor e Vitória, o criador da Turma da Mônica vai abordar questões como forma de contágio, o que é o vírus, como viver com crianças soropositivas e o impacto social da síndrome.

A ideia dos personagens foi da ONG Amigos da Vida, que atua na prevenção e combate ao HIV/aids. Christiano Ramos, presidente da ONG, diz que o trabalho resolve um problema existente nas mídias voltadas para crianças. "O Maurício tem uma linguagem bem acessível, bem leve. Ele vem fazer um papel inédito, que é trabalhar a aids com muita leveza, tranquilidade e naturalidade para as crianças", disse.

Não é a primeira vez que o autor utiliza personagens de seus quadrinhos para levar informação e conscientizar seus leitores. Humberto, que é mudo, Dorinha, que não enxerga, e Luca, que não anda, mostraram que crianças com restrições físicas são crianças normais e devem ser tratadas como tal.

"Vamos usar a credibilidade da Turma da Mônica e nossa técnica de comunicação para espantar esse preconceito, principalmente do adulto, que muitas vezes sugerem medo à criançada. Vamos mostrar que a criança pode ter uma vida normal, com a pequena diferença de ter de tomar remédio a tal hora e, caso venha a se ferir, tem que ter alguém cuidando do ferimento. Fora isso, é uma vida normal", diz Maurício.
O autor diz que Igor e Vitória podem vir a fazer parte do elenco permanente da Turma da Mônica, não necessariamente citando o fato de eles serem soropositivos. Ele explica que o gibi é também voltado para os pais. "É uma revista única no mundo. E também é voltada para os pais. Criança não tem preconceito, são os pais que inoculam", diz.

Cláudia Renata, que é professora, levou seus filhos Maria Teresa e Lourenço para o lançamento. Ela diz que os filhos, antes de lerem o gibi, perguntaram quem eram aqueles novos amiguinhos. Para Lourenço, de 5 anos, são crianças normais. "Eles têm uma doença e têm que tomar um remédio. Só isso."
No gibi, Igor e Vitória, que aparecem ao lado dos personagens da Turma da Mônica, têm habilidades com esportes e levam uma vida saudável. A professora na história é quem explica que eles precisam tomar alguns remédios e que, no caso de se machucarem, um adulto deve ser chamado para tomar os cuidados adequados.

São 30 mil exemplares do gibi, que serão distribuídos gratuitamente nas brinquedotecas do Distrito Federal, na pediatria dos hospitais da Rede Amil (um dos patrocinadores do projeto) e nos hospitais públicos do governo do Distrito Federal.
O objetivo da ONG Amigos da Vida é que em 2012 as histórias de Igor e Vitória cheguem também a São Paulo, ao Rio de Janeiro, a Porto Alegre, a Curitiba, a Salvador e ao Recife.



terça-feira, 9 de outubro de 2012

Projeto de fotografia sobre órfãos soropositivos de Curitiba é tema de exposição fotográfica em Londres


A fotógrafa curitibana Michele Zambon participou entre os dias 11 e 15 de setembro da exposição Here and There que marca o encerramento do curso de mestrado em fotojornalismo da Universidade de Westminster em Londres. A mostra aconteceu na galeria Ambika P3 localizada dentro do campus da universidade em Baker Street e reuniu trabalhos de 13 alunos que exploraram temas diversos e revelaram o simples e o extraordinário que se pode encontrar em histórias íntimas de parentes próximos ou em causas socias significativas de diferentes países como Russia, Belarus, Cyprus, Yemen, Arábia Saudita, Armenia e Brasil.

Michele apresentou 10 fotografias que fazem parte do projeto Invisible Horizon (Horizonte Invisível), um ensaio documental baseado na vida de 15 meninos e meninas que vivem, a maioria desde recém-nascidos, em um orfanato para crianças afetadas pelo HIV/AIDS em Curitiba.

Para a maioria desses garotos a infância já passou, eles são adolescentes que estão entrando na vida adulta sem nunca terem pertencido a uma família. A razão primordial pela qual eles ainda vivem em uma instituição de apoio sobre a tutela do estado é que seus processos legais não andam ou não existem dentro do sistema judiciário brasileiro e seus nomes nunca foram inclusos nos registros de adoções, tão pouco no atual Cadastro Nacional de Adoção. Essa situação mostra a precariedade de políticas sociais e a falha do poder publico em respeito a prioridade dos direitos da criança e do adolescente.

Esses jovens têm uma condição especial, não a condição de serem soro-positivos, mas a condição de serem invisíveis para a sociedade. É por este motivo que nestas fotografias eu não posso mostrar os seus rostos. Sobre eles existe um horizonte invisível que, camuflado pela desculpa de proteção, os segrega e os priva de seus direitos. Nestas fotografias, pretendo mostrar com fragmentos extraídos de seus quotidiano dentro da instituição, o quadro maior que se esconde por traz destas imagens; a face do preconceito e da injustiça.



quarta-feira, 3 de outubro de 2012

MONACI TEM ENCONTRO COM O EXMO. DESEMBARGADOR CORREGEDOR DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARANÁ


O MONACI, ao fazer um ano de seu primeiro encontro com o Corregedor-Geral do TJ/PR, teve a oportunidade de reforçar a pauta de discussão daquela oportunidade, recebendo considerações de que medidas serão tomadas em favor das crianças abrigadas.

Na tarde de ontem, 02/10/2012, o MONACI participou de reunião com o Exmo. Des. Noeval Quadros, Corregedor-Geral do TJ/PR, para reforçar a necessidade de fiscalização na tramitação dos processos de destituição do poder familiar, o que levará, como consequência, à redução do tempo dos processos para efetivamente possibiliar a inclusão da criança/adolescente no CNA (Cadastro Nacional de Adoção). Vários casos foram apontados para demonstrar a morosidade na tramitação processual no Juizado de Curitiba, o que leva aos casais pretendentes a aguardarem por vários anos a tão desejada adoção. Na oportunidade, foi entregue àquela autoridade, cópia do requerimento de pedido de informações sobre a questão da adoção/abrigamento em Curitiba, com sustentáculo na Lei de Acesso à Informação, protocolado para a Presidência do TJ/PR em 15/08/2012, sem qualquer resposta oficial até o momento.

Aguardamos com esperança, aplicando o seguinte pensamento:

ESCOLA DA PAZ

Quem espera com paciência não desespera: encontra ânimo na superação dos obstáculos, prossegue em serviço no cumprimento de seus deveres, cooperando na formação do reino de amor entre os homens.
A paciência é a escola da paz. Por ela, acalmamos os impulsos de precipação. A paciência tem a parceria do tempo e o tempo e o entendedor do homem.
A paciência suporta.
A paciência persiste.
A paciência alcança.
A paz é a tiara da consciência.
(Irmão José - Psicografia de Ivanir Severino da Silva)


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